Hoje divulgo o resultado do Desafio GMS proposto no último post.
O grande vencedor foi Felipe Novo .
O grande vencedor foi Felipe Novo .
Em alguns momentos ele foi um tanto quanto rígido, em outros mostrou velocidade e insights que já tem do mercado. Trouxe em sua resposta grandes exemplos e citações, formando uma resposta sólida e bem cotextualizada e chegou em um ponto muito interessante quanto a o ao inevitável.
Convido vocês a verem e comentarem essa resposta que foi de fato um estudo sobre o caso.
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Não fosse o caso "Enron" um episódio extremamente complexo, este não teria se tornado a maior fraude contábil dos EUA.
Dito isto, minha resposta para o caso é:
A Enron não tinha salvação, ainda que "eu" fosse contratado em 1999, 2 anos antes da crise.
Minha resposta tem a intenção de fugir do raciocínio? Das possibilidades?
NÃO !
NÃO !
Minha resposta é baseada naquilo que se segue. Como foi citado, inclusive por você, a Enron possuía na sua estrutura organizacional, uma cultura extremamente predatória, que contaminava a todos dos seus funcionários. Dizer TODOS os seus funcionários não é, de forma alguma, um generalismo leviano.
Trata-se de uma constatação, baseada em fatos. Fatos estes, como a prática de gestão de pessoas formal da empresa, em que os funcionários avaliavam seus pares de 1 a 5, onde 1 eram os melhores e 5 os piores, para então DEMITIR os que obtivessem nota 5. Isso representava a demissão de 20% do quadro de funcionários que fossem pior avaliados.
Com o passar do tempo, os próprios funcionários passaram a fraudar a avaliação, menosprezando seu colegas de trabalho com notas baixas, para que suas próprias notas não os fizessem sair da empresa.
Quero dizer com isso que atitudes fraudulentas e anti éticas estavam no centro da Enron, sendo a única "solução" para o problema, a demissão de grande parte de seus funcionários, em uma tentativa de injetar "sangue novo" e buscar a disseminação de uma nova cultura corporativa, enquanto balanceava seus números.
No entanto, como uma grande empresa americana, seus funcionários possuíam grandes fundos pessoais lastreados em ações da própria companhia. Resultado de seus bônus anuais e poupança pessoal de anos e anos de trabalho. Como "eu" faria então, para justificar a demissão em massa de milhares de funcionários?
Esta atitude iria provocar a ira de milhares de pessoas, que por anos foram complacentes com práticas inadequadas. E neste momento, toda a razão da futura crise da Enron seria evidenciada e sairia do segredo corporativo para as lentes da imprensa e dos orgãos reguladores americanos.
Os funcionários, desesperados com o futuro dos recursos de "sua aposentadoria" gerariam a própria ruína de seus recursos. Simplesmente porque a Enron era uma empresa lastreada por seu grande histórico de geração de caixa, atraindo bilhões em recursos oriundos dos bancos e investidores.
Abaixo, transmito duas passagens extraídas do link http://empresasefinancas.hsw.uol.com.br/fraudes-contabeis2.htm
"A Enron esteve comprando quaisquer novos empreendimentos que pareciam promissores. Suas aquisições estavam crescendo exponencialmente. A Enron também formou empresas (LJM, LJM2 e outras) para movimentar débitos para fora de seus balanços e transferir riscos para seus outros negócios. Estas novas unidades eram também estabelecidas para manter o crédito da Enron alto, o que era muito importante em suas outras áreas de negócios. Como os executivos acreditavam que o valor das ações da Enron a longo prazo permaneceriam altos, eles procuraram várias maneiras de usar as ações da empresa para dar cobertura aos investimentos nestas outras entidades. Eles o fizeram por meio de um arranjo complexo de entidades com fins especiais chamadas Raptores"
"Em 15 de agosto, Sherron Watkins, vice-presidente da Enron, escreveu uma carta anônima para Ken Lay que sugeria que Skilling havia saído devido a impropriedades contábeis e outras ações ilegais. A carta questionou os métodos contábeis da Enron, especificamente citando as transações dos Raptores.
Mais tarde no mesmo mês, Chung Wu, um corretor da UBS PaineWebber em Houston, enviou um e-mail para 73 clientes de investimentos dizendo que a Enron estava com problemas e advertindo-os a considerar venderem suas cotas. Sherron Watkins então se encontrou com Ken Lay pessoalmente, adicionando mais detalhes a suas acusações. Ela notou que as unidades foram controladas pelo CFO da Enron, Fastow, e que ele e outros funcionários da Enron fizeram dinheiro e deixaram apenas a Enron em risco com o resguardo dos Raptores (os acordos dos Raptores foram escritos para que a Enron tivesse que apoiá-las com suas ações). Quando as ações da Enron caíram a um certo ponto, as perdas dos Raptores começaram a aparecer nas declarações financeiras da Enron. Em 16 de outubro, a Enron anunciou um terceiro trimestre de perdas de US$ 618 milhões. Durante 2001, as ações da Enron caíram de US$ 86 para US$ 0,30. Em 22 de outubro, a SEC começou uma investigação nos procedimentos contábeis e parceiros da Enron. Em novembro, a Enron admitiu oficialmente ter exagerado os ganhos da empresa em US$ 57 milhões desde 1997. A Enron decretou falência em dezembro de 2001."
Não obstante, o caso Enron foi intitulado "A maior crise de confiança desde a quebra da bolsa de valores em 1929".
Ou seja, baseado nos FATOS que sucederam, após 1999, anos de minha suposta "contratação", garanto que era impossível evitar a crise da Enron, pelo simples fato de que a capacidade de manutenção das atividades da empresa era diretamente ligada à credibilidade que esta possuía junto a seus credores e investidores.
Não fossem eles, não haveria caixa suficiente para efetuar todas as atividades e financiar o crescimento da empresa. Sem isso, a empresa não teria mantido seu histórico de alta dos preços de suas ações e jamais teria chegado ao patamar corporativo que chegou.
A necessidade de capital para investimento era intrínseca à sua atividade econômica, pois sem recursos oriundos de fontes externas, a empresa seria incapaz de fazer seus aportes em projetos de energia, nas diversas áreas operadas.
Vide o vertiginoso crescimento do Grupo EBK, controlado por Eike Batista. Sem recursos externos, seria impossível construir o que ele vem construindo, a ponto de elevar sua fortuna pessoal para números entre 30 e 40 bilhões de dólares. Tentar contornar a situação da Enron seria o mesmo que descobrir, hoje, uma suposta fraude nas empresas de Batista e acharmos que poderíamos contornar o problema.
De que maneira? "Conversando" com investidores e explicando a situação?
Seria uma expectativa não só leviana, como extremamente infantil.
Seria uma expectativa não só leviana, como extremamente infantil.
Provavelmente, em 1999, a empresa já era um grande arranha céus, sem qualquer alicerce construído sob suas estruturas, transformando-se em um ótimo exemplo para o podemos criar baseado apenas em conceitos capitalistas de geração de valor a qualquer custo. No momento da crise, o resultado ficou evidenciado. A Enron elevou seus preços, mas jamais criara valor. Pelo menos não na mesma proporção de seu império que posteriormente veio abaixo.
Desta forma, uma atitude enérgica da alta administração em 1999 teria, de fato, evitado a crise de 2001. Simplesmente porque a crise seria adianta em 2 anos, para o ano de 1999.
Sendo assim, cumpro meu papel de lhe dar um trabalhão para ler o que escrevi e obter sua resposta, mantendo nosso papo em dia, ainda que possa não vir a ser "A SOLUÇÃO" para o caso.
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Outro comentário: Esdras Negreiros “Bem, eu nao diria que a Enron tinha um presidente alheio e distraído, uma diretoria complacente e uma equipe de contabilistas, auditores e advogados impotentes. Diria apenas que eles vacilaram!!! Mas eram, sim, muito competentes... tanto é que chegaram onde estiveram.”
Importante reparar que realmente foi um erro da gestão, um vacilo. Mas realmente longe de serem incompetentes, pois se fossem não teriam chegado a 140bilhões de dólares em 9 meses e muito menos levariam outras grandes com sigo no momento de seu súbito óbito empresarial. Uma infeliz queda, que poderia ter sido a da Harley Davidson ou da IBM anos antes. Mas das empresas que poderiam quebrar, essa realmente foi a que mais lições trouxe para o mercado, seria bom relembra-las e trazer essas lições para o dia-a-dia, entre as lições, a mais importante é :ETICA .___________________________________________________________________________________________________
Importante reparar que realmente foi um erro da gestão, um vacilo. Mas realmente longe de serem incompetentes, pois se fossem não teriam chegado a 140bilhões de dólares em 9 meses e muito menos levariam outras grandes com sigo no momento de seu súbito óbito empresarial. Uma infeliz queda, que poderia ter sido a da Harley Davidson ou da IBM anos antes. Mas das empresas que poderiam quebrar, essa realmente foi a que mais lições trouxe para o mercado, seria bom relembra-las e trazer essas lições para o dia-a-dia, entre as lições, a mais importante é :ETICA .___________________________________________________________________________________________________
Parabéns Felipe Novo pela vitória no primeiro desafio GMS e muito obrigado a todos que participaram. Espero que possam ter mais sorte na próxima.
DICA DE HOJE:
1- Seja ético
2- Tenha os pés no chão, mas não deixe de sonhar
PS: If you are using Google translation to see this blog, please be advised that since it is not perfect, some concepts might be hard to understand. Hope you liked GMS. We sure enjoyed your visit. Be my guest to leave comments and e-mail me.Dúvidas e sugestões: casalsgh@gmail.com
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